Que o gênero de games rítmicos anda terrivelmente saturado, isso realmente não deve ser novidade para ninguém. Dessa forma, caso você seja uma softhouse interessada em investir no nicho, as escolhas são bastante claras: ou você lança algo visceralmente inovador, ou tenta angariar mais alguns tostões com os padrões já um tanto cansados de pioneiros como Guitar Hero e Rock Band.
Bem, digamos que a Seven45, desenvolvedora recentemente instalada em Boston, resolveu apostar na primeira opção. Embora se baseie em um esquema de jogabilidade não muito diferente do que se vê em outros games rítmicos, Power Gig: Rise of the SixString consegue o seu diferencial pendurando uma guitarra real nos ombros dos jogadores.
Fretes, e não botões coloridos
Exatamente. Em vez das clássicas guitarras “wannabe” plásticas com botões coloridos, Power Gig entrega no pacote um instrumento absolutamente operacional tanto dentro do jogo, quanto plugado em um amplificador.
Tudo bem, é verdade que o tamanho ainda é um tanto reduzido se comparado com a maior parte das guitarras. Mas ei! Ela funciona, certo? Embora a qualidade desse funcionamento ainda não tenha sido demonstrada, vale lembrar que a Seven45 é uma extensão de outra companhia, a First Act, que produz instrumentos reais — normalmente distribuídos em grandes redes como o Wal-Mart.
Bem, mas uma vez que você esteja cansado de tentar produzir os próprios “riffs”, basta sincronizar o instrumento com o console, e tentar a sorte com um esquema bastante clássico de jogabilidade. A diferença é que, em vez de botões, o padrão de cores aqui vem nas casas da guitarra — uma área para solos, outra para bases, tal qual o periféricos mais recentes da concorrência.
Embora a jogabilidade básica não traga grandes inovações, Power Gig traz outra inovação juntamente com a sua diminuta guitarra. Trata-se do “modo acordes” (chording mode, no original em inglês). Aqui, as notas não vêm apenas com cores, mas também numeradas. A ideia é produzir acordes reais em vez de simples combinações de cores.
Segundo a Seven45, a ideia é ensinar guitarra de forma discreta, já que o público alvo da softhouse aborda qualquer coisa entre profissionais, músicos de final de semana e pessoas que jamais chegaram perto de uma guitarra na vida. Mas, caso cordas reais não sejam mesmo a sua praia, Power Gig ainda deve oferecer suporte a qualquer guitarra de botões coloridos encontrada no mercado.
Um novo universo
Essa foi a forma como a desenvolvedora se referiu ao que espera os jogadores no modo carreira de Power Gig. Um universo inteiramente novo, com políticas, mitologia, leis, herói e vilões próprios. Embora ainda careça de maiores detalhes, a história aqui deve tratar, entre outras coisas, do “poder transformador do rock n’ roll”, em um lugar onde “tudo é controlado por música”.
Nem só de guitarra sobrevive o rock n’ roll...
Conforme o próprio Chuck Berry poderia dizer, o bom e velho rock n’ roll não poderia ser feito apenas com uma guitarra. E a Seven45 sabe disso, é claro. A empresa afirma que o jogo também contará com uma bateria em modelo igualmente inovador. Para maiores detalhes, aguarde a edição deste ano da badalada Electronic Entertainment Expo.
Aliás, será na feira que a empresa divulgará também a lista completa de músicas que deve acompanhar Power Gig. Até o momento, muito pouca coisa foi mostrado — embora “She’s a Genius” (Jets) e Kryptonite (Three Doors Down) tenham sido confirmadas. A versão acabada do jogo deve incluir apenas “master tracks” — versões originais das músicas.
A Seven45 espera ainda que o formato inovador do título sirva como atrativo a artistas que anteriormente passavam longe de games — por acreditaram que estes tinham pouco ou quase nada a ver com instrumentos reais. Se isso vai mesmo ocorrer? O negócio é esperar pelo fim do ano.
Power Gig: Rise of the SixString tem lançamento previsto para a primavera deste ano. Aguarde novidades. See ya!
Nenhum comentário:
Postar um comentário